17/10/2022 - As tartarugas marinhas são animais altamente migratórios, portanto para entender a captura incidental de tartarugas em águas internacionais de forma ampla é necessário integrar as informações levantadas por cada país sobre esse fenômeno ↓
As tartarugas marinhas são animais altamente migratórios e em suas migrações pelos oceanos acabam sendo capturadas incidentalmente por frotas pesqueiras de diferentes países. Portanto, para entender esse fenômeno da captura incidental de tartarugas de forma ampla é necessário integrar as informações levantadas por cada país sobre a captura incidental de tartarugas em suas respectivas frotas de pesca.
Essa iniciativa conjunta dos países, unindo informações de capturas incidentais de tartarugas marinhas teve início em 2018, com o apoio da Comissão Internacional para Conservação do Atum Atlântico (ICCAT), em uma reunião realizada em Montevideo, Uruguai. Na ocasião Brasil, Uruguai e Japão compartilharam informações sobre a captura incidental de tartarugas na pesca de espinhel pelágico no oceano Atlântico.
Dois anos depois, em janeiro de 2020, também com o apoio da ICCAT, ocorreu um segundo encontro, em Málaga, Espanha, onde outros países uniram-se aportando novas informações sobre a captura incidental de tartarugas não só no espinhel pelágico como também na pesca de cerco para atuns. A área de abrangência também se expandiu do Atlântico para o Oceano Índico. Nesse mesmo ano a análise dos dados compartilhados sobre a captura incidental de tartarugas foi apresentada na reunião do Subcomitê de Ecossistemas da ICCAT, em Madrid, Espanha. Após essa apresentação pesquisadores de outros países expressaram a intenção de compartilhar suas bases de dados e unir-se a esse esforço colaborativo internacional para compreender melhor as capturas incidentais de tartarugas e buscar formas para mitigar esse problema.
Entre os dias 03 e 07 de outubro desse ano, ocorreu em Málaga Espanha, o III Taller del Trabajo Colaborativo para evaluar la captura fortuita de Tortugas Marinas en las flotas de Palangre y Cerco en el Océano Atlántico, Indico y Mar Mediterráneo. O objetivo desse encontro foi aprimorar as análises sobre as tendências espaço-temporais da captura incidental de tartarugas marinhas nas pescarias de espinhel pelágico e cerco para atuns no Oceano Atlântico e porção Sul do Oceânico Índico. Estiveram presentes na reunião cerca de 15 pessoas de diferentes países como: Uruguai, Estados Unidos, Espanha, África do Sul, França e Brasil. O Brasil esteve representado por Bruno Giffoni, coordenador do Programa Tartarugas x Pesca, da Fundação Projeto Tamar, e por Gilberto Sales do Centro Tamar / ICMBio.
Os próximos passos desse esforço colaborativo internacional incluem a apresentação dos resultados prévios na próxima reunião do Subcomitê de Ecossistemas da ICCAT, a ser realizada em 2023 e a elaboração de um artigo científico, que deve ser enviado para publicação também em 2023.
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