08/08/2023 - Em agosto a Fundação Projeto Tamar iniciou o monitoramento de mais uma temporada reprodutiva das tartarugas marinhas na costa brasileira. ↓
Esta será a 44ª temporada de proteção de ninhos, desde a criação do Projeto Tamar. Até junho de 2024, espera-se que cerca de 2,5 milhões de filhotes de tartarugas marinhas alcancem o mar em segurança. Existem 7 espécies de tartarugas marinhas no mundo, 5 delas se reproduzem na costa brasileira: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea), tartaruga-verde (Chelonia mydas) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea).
A partir de setembro e outubro, o monitoramento de quase 800 quilômetros de praias continentais, distribuídas ao longo de 5 estados brasileiros (Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Rio Grande do Norte) será intensificado. Assim, logo nas primeiras horas da manhã, pesquisadores percorrerão as praias para identificar, marcar e proteger os ninhos de tartarugas. Já nas ilhas oceânicas de Trindade e arquipélago de Fernando de Noronha as atividades reprodutivas das tartarugas-verde, única espécie que se reproduz nestes locais, inicia somente em dezembro, estendendo-se até junho.
Se durante o dia o foco das atividades são os ninhos, à noite a atenção é dada às fêmeas que sobem às praias para desovar. O monitoramento noturno é realizado para encontrar as fêmeas realizando a postura dos ovos. Elas são identificadas com marcas de metal, medidas e um pequeno pedaço de sua pele coletada, para os estudos de genéticas e isótopos . Esses dois métodos ajudam a entendermos mais sobre a biologia desses animais. A tartaruga-de-couro, a maior das tartarugas marinhas, ainda recebem duas marcas tipo “pit tags” (Passive Integrated Transponder): transponder é um dispositivo de comunicação eletrônica empregado na marcação de animais (principalmente os de criadouro, exóticos e de estimação) e também no nosso dia a dia, como as chaves codificadas, por exemplo. Assim, caso o animal perca as marcas de metal, estas marcas eletrônicas permitem a identificação dos mesmos, ao se aproximar um leitor especifico.
Entre 45 e 60 dias, os ovos nascem e uma nova fase do trabalho tem inicio: a escavação dos ninhos eclodidos para coleta e análise dos dados relativos à espécie, tempo de incubação e taxa de eclosão, dentre outros.
Todas as informações coletadas são inseridas no SITAMAR – Sistema de Informações sobre Tartarugas Marinhas da Fundação Projeto Tamar.
Assim, o período reprodutivo das tartarugas marinhas é de muito trabalho para as equipes , pois além de realizar todas as tarefas de pesquisa e proteção, também trabalham na mitigação das ameaças aos ninhos, fêmeas e filhotes.
Estas ameaças vão desde a incidência de luz artificial nas praias, trânsito de veículos na areia, distúrbio nos ninhos até o ataque de animais silvestres ou domésticos às fêmeas, ovos e filhotes.
Para cumprir com sua missão, a Fundação Projeto Tamar com o apoio imprescindível de toda a sociedade, que através de ações individuais ou coletivas, ajudam a garantir a proteção desses animais na costa brasileira.
E tem início o período do ano mais esperado por nós... É tempo de desova!!!!
Férias no Projeto Tamar é garantia de diversão, aprendizado e conservação marinha
Termina a 43ª Temporada Reprodutiva das tartarugas marinhas.
Viva uma experiência incrível no Programa de Voluntariado da Fundação Projeto Tamar
TAMAR participou do 41º simpósio de conservação de tartarugas marinhas
Sistema de Informações sobre Tartarugas Marinhas – SITAMAR (continuação)