01/06/2017 - Em junho, celebramos a Semana do Meio Ambiente (05 a 11), o Dia Mundial dos Oceanos (08) e o Dia Internacional da Tartaruga Marinha (16) com curiosidades sobre as espécies que ocorrem no Brasil. ↓
As tartarugas marinhas fazem parte de uma cadeia de relações ecológicas fundamental para o desenvolvimento e sobrevivência de todo o ecossistema que inclui as praias, as dunas e os oceanos. Durante sua longa existência, cada tartaruga marinha leva e traz toneladas de nutrientes e energia vital à sobrevivência de diversas formas de vida. Das tartarugas marinhas depende a existência de uma infinidade de peixes, crustáceos, moluscos, esponjas, medusas. Assim, elas são peças chave para a conservação dos oceanos e tema da programação do Mês dos Oceanos no TAMAR.
Engenheiras dos oceanos
A tartaruga-de-pente ajuda a manter a biodiversidade nos recifes de corais, pois pode se alimentar seletivamente de alguns grupos de esponjas. A tartaruga-verde consome toneladas de algas e grama marinha. Através de sua alimentação seletiva, estimula o crescimento de grama jovem, mais nutritiva. O caso da tartaruga-de-couro é interessante, conta a coordenadora de conservação e pesquisa do TAMAR, oceanógrafa Neca Marcovaldi. Durante anos, os pescadores têm observado um aumento considerável nas populações de águas-vivas no oceano Atlântico. Frequentemente, estas águas-vivas se concentram em regiões específicas em mar aberto, onde se alimentam de filhotes de peixes comercialmente importantes. Um dos principais predadores de águas-vivas é justamente a tartaruga-de-couro, uma das mais ameaçadas de extinção, por causa do alto índice de captura incidental pela pesca. Se o índice de mortalidade dessa espécie de tartaruga pela pesca incidental continuar crescendo, esse desequilíbrio pode condenar tanto as tartarugas como a atividade pesqueira, já que os estoques serão reduzidos drasticamente e o peixe pode até acabar.
Redes de pesca, anzóis, dentre outras pescarias, a degradação de áreas de desova, a fotopoluição e a poluição dos oceanos, além das mudanças climáticas, são os principais inimigos das tartarugas e podem interromper a chance de recuperação das cinco espécies que ocorrem no nosso país.
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