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Estamos prontos para a nossa 42ª temporada de desovas – Período de 2021/22

11/10/2021 - Contamos com o apoio da sociedade para proteger esse patrimônio pré-histórico ↓

Está começando mais uma temporada reprodutiva das tartarugas marinhas no Brasil e provavelmente conheceremos o filhote “45 Milhões”. Onde será que ele vai nascer? Esperamos proteger em média 25 mil desovas, ajudando no nascimento de cerca de 2 milhões de filhotes na 42ª temporada.
O momento ainda é de cuidado com a pandemia do COVID-19 e estamos de forma segura retomando as atividades de monitoramento na praia.  Sempre respeitando todos os protocolos e recomendações da Organização Mundial da Saúde. Nesse momento desafiador para todos, contamos mais do que nunca com o apoio da sociedade. Proteger esse patrimônio pré-histórico  para as próximas gerações é tarefa de todos!!!!!!

Monitoramento de praia: Todos os anos, de setembro a março, as praias do litoral brasileiro, do norte do Rio de Janeiro ao sul do Rio Grande do Norte,  onde a  Fundação  atua, são ponto de partida de milhares de filhotes. Com exceção das ilhas oceânicas, onde as desovas ocorrem um pouco mais tarde, a partir de dezembro.

Pesquisa aplicada:  Desde sua criação, a Fundação Projeto Tamar desenvolve pesquisas que auxiliem nas ações de proteção das tartarugas marinhas. Graças a realização de estudos de longo prazo,  hoje já são mais de 40 anos de dados coletados e armazenados em um sistema de informação integrado, o SITAMAR. Todo esse conhecimento é essencial para traçar as estratégias de conservação adequadas às diferentes regiões e ameaças.


 

Programa de Capacitação em Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas: Há muita gente envolvida nas atividades de praia. Nosso programa busca compartilhar com jovens estudantes e profissionais em início de carreira parte das experiências das décadas de trabalho da Fundação Projeto Tamar. São oferecidas oportunidades de aprendizado como:
- Teoria sobre biologia, ecologia e conservação de tartarugas marinhas
- Práticas nas atividades de manejo de ninhos, coleta de amostras e registro de dados biométricos
- Manejo e reabilitação de tartarugas mantidas nos Centros de Visitantes
- Atividades de educação ambiental

A presença de diferentes espécies de tartarugas marinhas em distintas fases de seu ciclo de vida, somadas a diferenças geográficas,  ambientais, socioeconômicas e de diversidade cultural, fazem com que a Fundação Projeto Tamar execute as ações de conservação ajustadas às realidades regionais, método conhecido como Manejo Adaptativo. Para atender essa variedade de fatores, os programas de estágios são distintos nas 23 localidades dos oito estados onde atuamos. Estagiários e trainees já começaram a chegar para fortalecer as equipes das bases e realizar o monitoramento diário das praias. Juntos continuaremos nosso trabalho de marcação e biometria das fêmeas, proteção e o manejo de desovas e filhotes, além da educação e sensibilização ambiental de estudantes, turistas e comunidade.

 

Veja como pode ajudar o nosso trabalho na praia:

Estacas na praia - Cada estaca numerada da Fundação Projeto TAMAR na praia indica um ninho de tartaruga marinha. Por favor, não retire ou se aproxime das estacas e oriente outras pessoas a fazerem o mesmo;
Filhotes desorientados - A iluminação artificial desorienta os filhotes de tartaruga marinha, que podem morrer por desidratação ou predação. Se encontrar filhotes de tartaruga marinha desorientados, coloque-os no mar. A iluminação nas praias de desovas é proibida por lei (Lei Estadual n° 7.034 de 13 de fevereiro de 1997 e Portaria do IBAMA n° 193, de 28 de setembro de 1990);
Tartarugas desovando - As fêmeas se assustam facilmente e podem abandonar o ninho se perturbadas. Por isso, por favor, não acenda luzes nem chegue perto de uma tartaruga marinha durante a desova e oriente as pessoas ao redor a não se aproximarem também;
Trânsito de veículos – O trânsito de veículos automotores em praias de desova é proibido por lei (Portaria IBAMA nº1030 de janeiro de 1995; Lei do Município de Camaçari n° 431 de 28 de janeiro de 1999 e Portaria do IBAMA n° 10 de 30 de janeiro de 1995). 
Cachorros nas praias – Cachorros soltos nas praias oferecem riscos para as tartarugas marinhas, pois podem escavar ninhos, predar filhotes e atacar fêmeas, além de trazer perigo para os usuários de praia;
Obras nas praias – Para obras em áreas de desova, deve-se consultar o Centro TAMAR/ICMBio (órgão licenciador responsável- Conama 10/96). 

A Fundação Projeto TAMAR começou a proteger as tartarugas marinhas no Brasil na década de 80 e executa a maior parte das ações descritas no Plano de Ação Nacional para a Conservação das Tartarugas Marinhas (PAN). Trabalha na pesquisa, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no país, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). A fundação protege cerca de 1.100 quilômetros de praias e está presente em 23 localidades, em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas marinhas, no litoral e ilhas oceânicas dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.

Nos acompanhe nas redes sociais em mais uma temporada com muito trabalho e amor. Faça também parte da conservação visitando nossos centros e lojas.

Tartaruga Tartaruga-oliva

FUNDAÇÃO PROJETO TAMAR ARACAJU – OCEANÁRIO - SE

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