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Tartarugas Marinhas
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Começar novos estudos e prosseguir com pesquisas em andamento

Além de iniciar novos estudos, nesta temporada reprodutiva 2012/2013 o Tamar vai prosseguir com outras linhas de pesquisa em andamento, de modo a ampliar o conhecimento acumulado. Os principais são os seguintes:

Mudanças climáticas - Inicia-se nessa temporada um estudo colaborativo com a pesquisadora Mariana Fuentes, da Universidade James Cook, na Austrália, sobre os impactos do aumento da temperatura global nas áreas de desova de tartarugas cabeçudas (Caretta caretta) e de pente (Eretmochelys imbricata) no Brasil.

Cabeçudas na Praia do Forte – Também prossegue nesta temporada estudo em uma das áreas de maior concentração de ninhos de cabeçudas (Caretta caretta) no Brasil. O esforço intensivo de marcação e recaptura das fêmeas que vieram desovar em duas temporadas reprodutivas (2009-2010 e 2010-2011), nos 5km de praia que concentram 60% das desovas, revelou, em resultados preliminares, que as fêmeas fazem uma média de quatro ninhos por temporada, em aproximadamente 15 dias.

Analisando dados do retorno de fêmeas marcadas que indicam remigrações (entre temporadas de desova) dos animais, observou-se que as tartarugas voltam a desovar na mesma praia em intervalos de dois ou três anos. O trabalho vai continuar até que se completem seis temporadas, para que seja possível avaliar com precisão e legitimar os resultados preliminares. Além da abundância anual de fêmeas de cabeçuda, vai ser possível estimar as taxas de sobrevivência anual e a probabilidade de reprodução dessa espécie.

Hibridismo entre três espécies - Para estudar alguns indivíduos suspeitos de hibridismo em tartarugas marinhas e ampliar o conhecimento sobre seu comportamento migratório, o Tamar/Sergipe fixou transmissores em quatro animais, no início de 2012. O objetivo da pesquisa Hibridismo em tartarugas marinhas na costa brasileira: uma análise genética, ecológica e comportamental é entender o hibridismo entre as espécies cabeçuda&de pente e cabeçuda& oliva. O estudo ampliará o conhecimento sobre a relação entre as espécies, além de esclarecer algumas curiosidades sobre o deslocamento dos animais após a reprodução e o comportamento em áreas de alimentação. Para esse trabalho, o Tamar conta com a colaboração do Archie Carr Center (Dra. Karen Bjorndal, Dr.Alan Bolten e MS Luciano Soares) e do College of Staten Island (Dra. Eugenia Naro-Maciel).

Rastreamento de filhotes – Outra pesquisa em andamento deve prosseguir em parceria com a Universidade Atlântica da Flórida, sob a coordenação da pesquisadora Kate Mansfield, para desvendar o comportamento dos filhotes de tartarugas no mar. Apesar de décadas de estudo, pouco se sabe sobre o que acontece com a maioria das espécies de tartarugas marinhas desde que elas emergem de seus ninhos como filhotes e durante os seus primeiros anos de vida em águas oceânicas, período que os pesquisadores denominam “anos perdidos” (lost years). Saber para onde os filhotes vão e poder identificar as áreas de berçário e uso de habitat é necessário para conservação e manejo dessas espécies.

Serão usados mini-transmissores por satélite (comumente usados em aves), levemente modificados e alimentados através de bateria solar. Será realizada a soltura de tartaruguinhas em três momentos diferentes ao longo da temporada (meses de novembro, janeiro e março), para coincidir com mudanças de correntes na costa brasileira. O objetivo é verificar se as tartaruguinhas seguem o mesmo padrão e comparar com rotas estudadas das fêmeas adultas.

Saiba mais sobre a temporada 2012-13: Setembro marca o início da 32ª temporada reprodutiva de tartarugas marinhas sob a proteção do Tamar, no litoral brasileiro.

 

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