Como o urso panda e o mico leão dourado, as tartarugas marinhas são consideradas, no Brasil e no mundo, como espécie-bandeira, definição que se atribui às espécies carismáticas, que atraem a atenção das pessoas. Por isso mesmo, são usadas para difundir e massificar a mensagem conservacionista e conscientizar a opinião pública para a necessidade de proteger espécies menos conhecidas e seus habitats.
Quando as águas costeiras são protegidas da poluição e de atividades pesqueiras predatórias, de forma a garantir a sobrevivência das tartarugas marinhas, por conseqüência também estarão protegidos peixes e outros animais colocados em risco pela pesca artesanal e mais ainda pelo setor pesqueiro industrial, considerando o seu caráter intensivo. Neste contexto as tartarugas marinhas podem também ser chamadas de “guarda-chuva”.
Este entendimento favoreceu a criação de várias áreas de proteção marinhas e costeiras federais, estaduais e municipais no Brasil, beneficiando outras espécies através da proteção de seus respectivos habitats. Foi o que aconteceu, por exemplo, com as reservas estabelecidas em Abrolhos, Atol das Rocas, Fernando de Noronha, em Pernambuco, Santa isabel, em Sergipe, e Comboios, no Espirito Santo.