27/12/2011 - Passada metade da temporada de desova, que vai de setembro a março na costa brasileira, as bases do Espírito Santo comemoram um recorde de ninhos de tartaruga de couro. ↓
Passada metade da temporada de desova, que vai de setembro a março na costa brasileira, as bases do Espírito Santo comemoram um recorde de ninhos de tartaruga de couro (Dermochelys coriacea). Já são 17 fêmeas diferentes marcadas, além de pelo menos mais cinco que estão desovando na porção norte da área de monitoramento, em Guriri e Itaúnas. A expectativa é que sejam contabilizadas cerca de 120 desovas até o final da temporada, número excelente, segundo os pesquisadores, se comparado à anterior, com 29 registros.
O gestor da ReBio Comboios/ES, Antônio de Pádua Almeida, explica que o tamanho das fêmeas também tem chamado a atenção. A maioria apresenta o comprimento da carapaça entre 1,29 e 1,42m (o que significa que, para a espécie, que pode atingir 1,80m de carapaça, são animais bem pequenos). Isto sugere que são animais novos, provavelmente filhotes protegidos no início das atividades do Tamar, que estão sendo incorporados agora à população reprodutiva. “Como as tartarugas marinhas não desovam todos os anos (uma mesma fêmea volta a cada dois ou três anos para desovar), vamos ter que aguardar mais 3 ou 4 anos para ter certeza de que esta é uma tendência”.
Enquanto isto, o trabalho de proteção dos ninhos nos 240km de praias continua. Ações específicas para evitar a captura acidental em redes de pesca (somente neste ano, 5 tartarugas morreram afogadas após captura em redes de emalhe na região da foz do rio Doce) vão ser intensificadas. Entre estas estão as ações de sensibilização junto aos pescadores, o monitoramento diário de redes e a busca de alternativas à pesca de emalhe na região.
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