08/05/2012 - Uma nova modalidade de turismo tem atraído a atenção dos visitantes para a importância da conservação das espécies marinhas e ajudado a pesquisa desenvolvida pelo Tamar. ↓
Uma nova modalidade de turismo tem atraído a atenção dos visitantes de Fernando de Noronha/PE para a importância da conservação das espécies marinhas e ajudado a pesquisa desenvolvida pelo Tamar. Uma parceria com o Projeto NAVI (Natureza Viva), desde o início de 2012, tem dado aos turistas a oportunidade de participar da coleta de informações que busca estimar a quantidade de tartarugas que vivem no arquipélago e conhecer mais sobre seu comportamento.
A NAVI é uma embarcação de origem soviética, com uma lente no casco, que permite ver o fundo do mar. Num lugar famoso pela transparência de suas águas e natureza exuberante, verdadeiro laboratório a céu aberto, até 30 passageiros têm contato com o mundo subaquático sem se molhar. No passeio que é conduzido por um guia com experiência em biologia marinha e simula uma expedição oceanográfica, os passageiros recebem uma tabela de identificação de espécies para marcar os animais visualizados. O Tamar desenvolveu um método, aplicado durante as saídas turísticas da NAVI, para coleta de dados para pesquisa e permitir classificar tamanhos, espécies, comportamento e tipo de fundo em que estavam.
Até o final de março/2012 já foram acompanhadas 21 operações, totalizando 14 horas e 32 minutos de amostragem em 11 áreas, 53 tartarugas observadas, sendo 39 tartarugas-verdes, 10 de-pente e 4 com a espécie não identificada, indicando que nas águas do arquipélago há uma proporção de 4 tartarugas-verdes para cada tartaruga-de-pente. Para se chegar a uma conclusão fundamentada sobre a questão da quantidade de tartarugas que habitam a região serão necessários anos de amostragem em diversas praias.
Como explica o coordenador das bases de Pernambuco e Rio Grande do Norte, Armando Barsante, o turismo de experiência é um interessante instrumento de sensibilização e educação ambiental, o que no Tamar de Noronha também proporciona ao visitante participar de atividades de campo como presenciar o nascimento dos filhotes, o programa de marcação e recaptura, e o monitoramento noturno das praias. O Tamar realiza estudos na ilha desde 1984.
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