07/05/2012 - O Centro de Educação Ambiental instalado na base de Almofala/CE realiza ações que têm atraído cada vez mais as comunidades para conhecer e participar das atividades de conservação. ↓
O Centro de Educação Ambiental (CEA) instalado na base do Tamar em Almofala/CE realiza ações que têm atraído cada vez mais as comunidades para conhecer e participar das atividades de conservação. Um dos resultados desse trabalho já foi sentido em Patos/CE, onde ainda havia casos de abates de tartarugas marinhas. Com as informações oferecidas nas sessões do Cine Tamar, a comunidade teve a iniciativa de denunciar os pescadores forasteiros envolvidos nos crimes, e eles foram embora.
Como explica o coordenador do Tamar no Ceará, Eduardo Lima, “o que aconteceu em Patos é muito positivo e mostra a força da união e sobretudo da informação”. O trabalho de sensibilização e educação ambiental na região é feito através de monitoramento das praias, do programa Tamar na Escola, de exposições com painéis nos espaços públicos conversas informais com lideranças comunitárias. O Cine Tamar exibe nas praças, igrejas e muros das vilas, filmes, documentários e vídeos que tratam de questões ambientais e estimulam o interesse das pessoas em ajudar a conservar a natureza.
A comunidade de Almofala, situada no litoral oeste do Ceará, com população de cerca de 13 mil habitantes, é formada principalmente por descendentes dos índios Tremembé, que vivem da pesca artesanal. Os currais se destacam entre as artes de pesca mais praticadas na região, seguidos das redes de espera para peixes e caçoeiras para lagostas. O Tamar trabalha junto aos pescadores da região desde o 1992, quando foi implantada uma base para proteger as tartarugas capturadas incidentalmente.
Centro de Educação Ambiental
O CEA de Almofala foi criado em 2004 para atender escolas e grupos de estudantes. Tem como objetivo principal promover a interação da comunidade com o meio ambiente de forma responsável, além de buscar a sensibilização de pescadores e seus familiares para a proteção da tartaruga marinha na região. Atualmente o CEA recebe cerca de 13.000 pessoas/ano. No espaço conhecido como Museu Aberto da Aruanã (como é chamada na região a Chelonia mydas), os estudantes recebem informações de biólogos, engenheiros de pesca, oceanógrafos sobre a conservação das tartarugas e do meio ambiente. Participam de soltura de animais reabilitados e assistem vídeos institucionais tratando de temas como a pesca predatória, as mudanças climáticas, interação com resíduos sólidos, além de vídeos com imagens do fundo do mar.
Escolas públicas e particulares, Universidades, Faculdades e Grupos Especiais visitam o CEA até três vezes no ano em busca de novas informações e de lazer. Pescadores utilizam o espaço para passeios familiares aos finais de semana. O Centro está dividido em espaços temáticos como área de desovas e pesca, tanques com animais em diversos tamanhos, além do Museu que conta a história da tartaruga marinha no Brasil.
Aberto de segunda a sábado das 08:30 às 11:30 e das 14:00 às 17:00 horas, aos domingos funciona das 08:30 às 17:00 horas, sem intervalos. Visitas de escolas devem ser previamente agendadas pelo telefone (88) 3667-2020, no horário comercial.
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