05/07/2012 - A dissertação de mestrado investigou a relação entre a cobertura de algas nas bancadas recifais e recifes submersos e a presença de tartarugas verdes, como se alimentam e se desenvolvem. ↓
A dissertação de mestrado defendida no mês de junho pela bióloga Adriana Jardim, da base do Tamar da Praia do Forte/BA, investigou a relação entre a cobertura de algas nas bancadas recifais e recifes submersos e a presença de tartarugas verdes (Chelonia mydas), assim como aspectos da atividade alimentar e de desenvolvimento dessa espécie, em diferentes períodos do dia, no litoral norte da Bahia.
Essa região tem a presença de animais juvenis, subadultos e adultos, que diferiram significativamente em tamanhos dos indivíduos do Ceará, Espírito Santo e São Paulo, indicando a importância da área para o desenvolvimento daqueles em fases anteriores a atingirem a maturidade sexual e começarem a introduzir novos indivíduos na população. Embarques semanais foram realizados de junho/2009 a março/2012 para coleta de dados através de captura intencional com rede de nylon.
A pesquisa mostrou a importância da conservação dos recifes, na Bahia, pois abrigam enorme variedade de animais e vegetais, servindo de berçário para muitos deles, e são habitats fundamentais para alimentação e descanso das tartarugas verdes. O estudo identificou ainda 54 espécies diferentes de algas nos recifes costeiros da região. “Sob o ponto de vista da biologia da conservação, conhecer quais são as áreas utilizadas para alimentação e descanso pode gerar diretrizes de manejo dos ambientes marinhos como, por exemplo, o ordenamento de atividades como pesca e turismo, que podem ameaçar ambientes frágeis e essenciais para que se complete o ciclo de vida das tartarugas”, afirma a bióloga.
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