29/11/2016 - Otimização do esforço de pesquisa através do conhecimento acumulado permite saber mais sobre a tartaruga-cabeçuda. Leia mais. ↓
A intensificação do Programa de Marcação e Recaptura da tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) na Praia do Forte, Bahia, realizado desde 1982, obteve resultados importantes para a conservação dessa espécie. Foram 8 anos de esforço máximo, durante todas as noites de outubro a fevereiro, em 5km de praia que concentram 60% das desovas na Praia do Forte, resultando em 2.127 flagrantes de fêmeas. Com o complemento dos estudos de telemetria, as informações coletadas são fundamentais para subsidiar o trabalho de conservação e medidas de proteção.
Como conta a coordenadora de pesquisa e conservação do TAMAR, Neca Marcovaldi, o conhecimento acumulado através do monitoramento dos principais sítios reprodutivos ao longo de 35 anos permitiu realizar um planejamento de pesquisa para obter parâmetros demográficos para a população brasileira de tartaruga-cabeçuda. Alguns dos resultados já analisados comprovam que as fêmeas retornam para colocar uma média de 120 ovos na praia a cada 15 dias; voltam a desovar na mesma praia em intervalos de dois ou três anos; e podem fazer uma média de 4 ninhos por temporada, embora tenham sido registrados alguns animais que desovaram até 10 vezes em uma única temporada reprodutiva.
Para complementar o estudo durante o período de reprodução e ampliar o conhecimento sobre o comportamento migratório após a desova das tartarugas, o TAMAR realiza desde 2001 pesquisas através de telemetria satelital com a participação de diversos parceiros. Além de identificar as regiões percorridas e os locais onde as tartarugas permaneceram por mais tempo, as informações sobre o uso de área nas diferentes etapas do ciclo de vida no mar orientam ações de conservação como ordenamento da pesca, licenciamento ambiental e criação de áreas marinhas protegidas.
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